



De maio a setembro de 2025, o Centro Cultural Veras receberá o ciclo de conferências Paixões | História, arte, arquitetura e psicanálise, com debates que buscam compreender como as emoções e demais sentimentos psicanalíticos são representados pro meio de diversas expressões artísticas ao longo do tempo.
Batizado de “Paixões”, o nome do evento parte de um ponto inicial: de que a partir do Século 18, a arte deixou de doutrinar a imitação da natureza, pois a crítica ao estatuto da mímesis conduz a outra relação essencial, fundamento ontológico da modernidade.
“A arte passa a ser pensada como um movimento do espírito e, se, antes, a deformação era um signo ou efeito representativo das paixões, ela passa a ser interpretada como um recurso expressivo, um atributo individual do estilo, traço característico do artista, do qual se exige, em última instância, uma só paixão, a da própria arte”, elucida o professor Raul Antelo.
Segundo encontro, 27 de junho – Rodrigo Bastos
O segundo encontro do Ciclo de Conferências, que acontece no próximo dia 27 de junho, terá como convidado o professor Rodrigo Bastos, da UFSC. Arquiteto, urbanista e doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Bastos propõe uma viagem pela transformação do conceito de arte a partir do século 18.
Em sua abordagem, o professor destaca a mudança de paradigma que marcou a produção artística ocidental: “A arte passa a ser pensada como um movimento do espírito e, se antes a deformação era um signo ou efeito representativo das paixões, ela passa a ser interpretada como um recurso expressivo, um atributo individual do estilo, traço característico do artista, do qual se exige, em última instância, uma só paixão, a da própria arte”, afirma.
Primeiro encontro, 29 de maio – Raul Antelo
O ciclo teve início no dia 29 de maio, com uma conferência de Raul Antelo, professor da UFSC e referência nos estudos sobre teoria da cultura e literatura. Em sua aula inaugural, Antelo abordou a genealogia do conceito de paixão, apontando suas raízes medievais e os desdobramentos que o termo sofreu ao longo dos séculos.
“Todos os derivados de padecer remontam a meados do século XIII”, observou o professor, ao traçar os caminhos históricos da paixão a partir da noção de páthos, tal como identificada pelo historiador da arte francês Georges Didi-Huberman
Os encontros do ciclo de conferências Paixões | História, arte, arquitetura e psicanálise são gratuitos e sem necessidade de inscrição prévia.